Sim, a partir de setembro de 2009, quando Tex completará 61 anos de vida editorial, as bancas do Brasil serão enriquecidas com essa publicação.
Na Itália, a recente série colorida de Tex nasceu em 2007, de uma iniciativa conjunta de três gigantes editoriais, a Sergio Bonelli Editore e os jornais La Repubblica e L'Espresso, que elaboraram uma coleção para um público estimado em centenas de milhares de texianos - público que faz do personagem uma verdadeira instituição nacional, ao lado da pizza, da "mamma" e da "macchina" (o automóvel).
Em nosso País a publicação nasce por iniciativa da Mythos, com um projeto inicial que prevê 6 edições bimestrais, e cuja continuação dependerá única e exclusivamente da receptividade dos texianos tupiniquins, que são em número muitas vezes menor que os da terra natal do Ranger mais longevo dos quadrinhos, mas que são igualmente apaixonados e fazem a Casa Brasileira de Tex confiar que essa nova ousadia editorial terá um futuro radioso.
Os volumes não terão um formato gigante (26 x 17,5 cm), como na coleção do La Repubblica, e tampouco terão quantidade de páginas variável, como nas primeiras edições da série mensal da Bonelli. No primeiro caso, o preço final seria proibitivo para a grande massa texiana, visto que não há qualquer subsídio externo para a iniciativa, e, no segundo, há a impossibilidade técnica, visto que os cadernos editoriais atuais têm quantidades de páginas padrão, diferente do panorama editorial italiano que se via há cinco décadas, no final dos anos Cinquenta e início dos Sessenta. Aliás, por esse mesmo motivo, desde 1968 a quantidade de páginas do Tex italiano é padronizada.
A estrutura da coleção brasileira valoriza os desenhos originais, agora com o acréscimo das cores, cujas edições terão sempre 240 páginas de HQ e mais matérias interessantes. Tudo colorido e no formato original italiano, com as medidas 21 x 16 cm, o mesmo tamanho que tiveram os primeiros volumes da série brasileira "Tex e os Aventureiros", publicada em 2005.
Os primeiros 6 volumes publicarão na íntegra e em sequência as aventuras das edições originais 1 a 9. E depois... bem, que Manitu lance bons fluidos para que possamos ter mais.
Noticia Quentinha! - TEX no Formato Italiano e em cores no Brasil!
Fabio Civitelli da Entrevista em seus 25 anos de Tex
"De tempos a tempos pediam-me para fazer testes para outras personagens, fiz para Ken Parker, mas logo depois a série foi suspensa, fiz também um par de páginas de teste para Zagor… tudo experiências que depois não tiveram sequência. Um dia fui à redação levar parte de uma história que ainda não tinha terminado e Sergio Bonelli disse-me: “Porque não me faz algumas páginas de prova para Tex?”. Respondi que nunca tinha trabalhado com o gênero western e que inclusive não o saberia fazer até porque o meu estilo era pouco adaptado, mas Sergio Bonelli insistiu e fiz duas páginas no estilo de Giovanni Ticci e aceitaram-me…"
É desta maneira que Fabio Civitelli, o desenhista Italiano que festeja no corrente ano de 2009 os seus primeiros vinte e cinco anos ligados ao Ranger, conta o início da sua experiência com Tex.
Chegado à Bonelli no longínquo Outono de 1979, Civitelli tinha desenhado seis histórias de Mister No, a última das quais, “Alien” (#107 e #108 da série) com roteiro de Tiziano Sclavi, foi publicada nos meses de Abril e Maio de 1984.
Cerca de um ano depois, em Março de 1985, apareciam nas páginas de Tex as suas primeiras páginas dedicadas ao Ranger, na história intitulada “I due killers” (# 293, #294 e #295) com roteiro de Claudio Nizzi (no Brasil, Tex #199, #201 e #202, “Os dois killers”
De seguida mostramos duas vinhetas com todos os quatro pards, extraídas precisamente dessas duas páginas de prova mostradas ao editor Sergio Bonelli. A semelhança no confronto com Giovanni Ticci é evidente, mas logo na sua primeira história, Civitelli conseguiu produzir um estilo decididamente mais pessoal!
Noticia Quentinha! - TEX no Formato Italiano e em cores no Brasil!
Sim, a partir de setembro de 2009, quando Tex completará 61 anos de vida editorial, as bancas do Brasil serão enriquecidas com essa publicação.
Na Itália, a recente série colorida de Tex nasceu em 2007, de uma iniciativa conjunta de três gigantes editoriais, a Sergio Bonelli Editore e os jornais La Repubblica e L'Espresso, que elaboraram uma coleção para um público estimado em centenas de milhares de texianos - público que faz do personagem uma verdadeira instituição nacional, ao lado da pizza, da "mamma" e da "macchina" (o automóvel).
Em nosso País a publicação nasce por iniciativa da Mythos, com um projeto inicial que prevê 6 edições bimestrais, e cuja continuação dependerá única e exclusivamente da receptividade dos texianos tupiniquins, que são em número muitas vezes menor que os da terra natal do Ranger mais longevo dos quadrinhos, mas que são igualmente apaixonados e fazem a Casa Brasileira de Tex confiar que essa nova ousadia editorial terá um futuro radioso.
Os volumes não terão um formato gigante (26 x 17,5 cm), como na coleção do La Repubblica, e tampouco terão quantidade de páginas variável, como nas primeiras edições da série mensal da Bonelli. No primeiro caso, o preço final seria proibitivo para a grande massa texiana, visto que não há qualquer subsídio externo para a iniciativa, e, no segundo, há a impossibilidade técnica, visto que os cadernos editoriais atuais têm quantidades de páginas padrão, diferente do panorama editorial italiano que se via há cinco décadas, no final dos anos Cinquenta e início dos Sessenta. Aliás, por esse mesmo motivo, desde 1968 a quantidade de páginas do Tex italiano é padronizada.
A estrutura da coleção brasileira valoriza os desenhos originais, agora com o acréscimo das cores, cujas edições terão sempre 240 páginas de HQ e mais matérias interessantes. Tudo colorido e no formato original italiano, com as medidas 21 x 16 cm, o mesmo tamanho que tiveram os primeiros volumes da série brasileira "Tex e os Aventureiros", publicada em 2005.
Os primeiros 6 volumes publicarão na íntegra e em sequência as aventuras das edições originais 1 a 9. E depois... bem, que Manitu lance bons fluidos para que possamos ter mais.
Um pouco mais sobre o Herdeiro de TEX, Kit Willer!
Neto legítimo de Flecha Vermelha, o grande chefe de todos os navajos, o filho de Tex e de Lilyth aparece ainda bebê em TEX-043 - Juramento de Vingança. Na ocasião, o menino estava com uma tosse teimosa que o curandeiro da tribo não conseguia curar e como Lilyth estivesse muito preocupada, Tex resolve levar o menino até um médico na Missão de Taos.
Lilyth fica na aldeia porque seu pai Flecha Vermelha estava adoentado e Tex parte com o pequeno Kit rumo a Taos. É nesse período que os navajos são vítimas de uma epidemia de varíola, na qual Lilyth, mãe do pequeno Kit morre, fazendo com que o pequeno garotinho crescesse orfão de mãe, embora desfrutando de todas as atenções e regalias que um neto de um grande chefe possuía.
Quando tinha cerca de 7 anos (TXC-017 - O Rastro do Medo, a aventura tida por muitos como a mais bela de toda a saga de Tex), Kit reaparece novamente e acerta de surpresa uma flechada no chapéu de Carson, o qual fazia uma visita à aldeia. Nessa mesma história o pequeno garoto é seqüestrado pelos assassinos de Arkansas Joe e já começa a dar mostras do tipo de sangue que corria em suas veias, fazendo ameaças a um dos raptores: "entre os navajos se ganham penas de águia matando um inimigo... espero ganhar as minhas primeiras matando você!".
Depois, amarrado ao poste onde seria queimado vivo, age como um verdadeiro guerreiro navajo e pensa: "não devo gritar! Tenho que mostrar que o filho de Águia da Noite sabe morrer sem gemer! Papai, você que é o homem mais corajoso do mundo... me dê forças para morrer como um guerreiro de verdade!" Mas Tex chega na hora "h" e liberta o menino, varrendo os assassinos de Arkansas Joe definitivamente da face da terra.
Tendo como tutor o fiel Jack Tigre quando Tex estava resolvendo alguma missão, o mestiço Kit Willer cresceu aprendendo todos os truques e sabedoria dos índios, sendo por estes conhecido como Pequeno Falcão, o filho de Águia da Noite. Atendendo a um desejo de Lilyth, já falecida, Tex manda o filho para a Missão de Santa Anita, onde o mesmo recebe a instrução escolar necessária.
O desejo de Tex era que Kit seguisse a carreira militar porque desde muito jovem provava ter coragem e uma inteligência ágil, mas demonstrando ter o instinto aventureiro do pai, Kit preferiu a vida selvagem das amplas pradarias à monotonia das cidades, fato que fez com que Tex ensinasse pessoalmente ao filho o manuseio do colt 45 (TXC-021).
Nesse episódio, Kit aprende a atirar de alçada, em movimento ascencional, o que lhe dá vantagem de frações de segundo para sacar mais rápido que qualquer adversário, fração de segundos que num tiroteio, duelo ou confronto pode significar a vida ou... a morte.
Representado hoje como um rapaz audaz de cabelos negros, em algumas aventuras Kit precisou vestir-se de mulher para ludibriar bandidos astutos e assim, conseguir fazer triunfar a justiça, como na aventura Morte em Pecos City, a primeira vez que esse artifício é utilizado (TXC-025). Como seu pai, também utiliza métodos não convencionais para arrancar uma confissão ou obter vantagens frente a assassinos e ladrões.
E também como seu pai entrou para o corpo dos rangers, recebendo o distintivo e prestando solenemente o juramento diante do Senhor Hovendal, deixando seu pai emocionado, assim como Carson, que na época já era major (veja TXC-031, pg.80). Esta história foi repetida em TXH-012. Também temos indícios de que Kit Willer é mesmo um ranger em TEX-011, quando Tex afirma no diálogo que ambos, Carson e Kit são guardas-rurais (pg 7, 2ª edição). Mais indícios em TEX-111, quando ele, num saloon, apresenta-se como ranger em missão especial (pg.86, 1ªedição).
Ao que sabemos, pelo menos duas são as paixões de Kit Willer. A primeira é Flor da Lua, uma índia da tribo dos Utes que, da mesma forma que Lírio Branco - a mulher de Tex, acabou morrendo tragicamente. Podemos dizer que foi uma morte talvez até mais dramática, já que esta doce squaw jogou-se à frente do seu homem para salvá-lo da morte certa.
A segunda paixão de Falcão Pequeno é Donna, filha de Lena Parker. Sempre que se encontram, há mais do que um affair entre ambos, que envolve passeios ao luar, conversas animadas e um namoro jovial e encantador.
Kit Willer herdou em muito as características do pai, a astúcia de Jack Tigre e também parte da sabedoria do velho Carson, a quem chama de tio, mesmo sem ter laços sangüíneos com o velho rabugento, que na realidade é seu padrinho (ver TXC-022).
Ágil no gatilho, o jovem Kit por muitas vezes salvou o próprio pai da morte certa, assim como também já foi salvo várias vezes por este, o que reforça em muito o que ambos sentem um pelo outro, um amor fraternal e uma amizade sem limites.
Tex terá edição Especial para seus 60 ANOS !
Além da revista mensal, hoje em seu número 469 (de novembro), o leitor tem ainda à disposição uma enxurrada de títulos como Tex coleção (reedições), Os grandes clássicos de Tex, Tex edição gigante (formato álbum), Tex edição ouro, Tex especial de férias, Tex edição histórica e Tex almanaque. Antes disso, ainda houve uma breve fase do gibi nos anos 50. De lá para ca , ele passou por quatro editoras: Rio Gráfica Editora (anos 50), Vecchi (anos 70).
Paixão nacional, pelo visto, é pouco para definir o relacionamento entre o Águia da Noite (seu apelido entre os índios navajos) e os leitores brasileiros. Porque nenhum outro personagem de HQ (excetuando-se o orgulho nacional Turma da Mônica) oferece tantos títulos no mercado brasileiro: nem Superman, nem Homem-Aranha, nem Batman, nem os X-Men.
Em cores Para comemorar tão ilustre ocasião, chegou recentemente às bancas a edição Tex especial 60 anos, com uma aventura em cores, escrita pelo atual roteirista oficial do personagem, Claudio Nizzi, com desenhos do fantástico Fabio Civitelli.
Tradutor há mais de uma década das revistas do Tex, o paranaense Júlio Schneider que na sua identidade secreta é advogado conta que a edição, lançada em setembro último na Itália, saiu quase simultaneamente aqui.
Antes mesmo de ir para a gráfica lá na Itália, o material veio para mim. Fui a primeira pessoa no mundo a ler a história. Até apontei um ou dois errinhos, corrigidos antes de a revista chegar às bancas de lá, relata, sem esconder o orgulho. Adequadamente, a história da edição revisita o passado de Tex, mais especificamente, seu relacionamento com a índia Lyllith, mãe do seu filho Kit. Há ainda matérias especiais do próprio tradutor e de Sergio Bonelli, filho de Giovanni e dono da editora que leva seu nome, a Sergio Bonelli Editore, a maior casa editorial especializada em HQs da Europa.
Uma das maiores autoridades do personagem no Brasil e dono de uma mítica gibiteca (já foi até objeto de reportagens), Schneider credita o sucesso do personagem no Brasil às histórias lineares com começo, meio e fim, ao mesmo tempo inteligentes e acessíveis. Para ele, a época do lançamento também ajudou: Em 1971, não existia muita opção de distração. E na TV e cinema, o que mais tinha era bangue-bangue. Todo mundo que lia Tex, gostava. Aí ele foi ficando. Talvez, se tivesse chegado mais adiante, ele não teria permanecido!
TEX 60 - 61 ANOS
sempre imperou a lei do mais forte. Durante a colonização do Velho Oeste americano, imperou essa lei, onde os homens resolviam suas questões a ferro-e-fogo, a olho-por-olho e dente-por-dente.
Haviam os pistoleiros pagos para matar, os duelos ao pôr-do-sol, as emboscadas nos labirintos, as guerras entre exército e índios, envolvendo terras e domínios, traficantes de armas e bebidas, os valentões, os bêbados e os trapaceiros nas brigas de saloon, os assaltos a bancos e trens, questões passionais, as lindas mocinhas, as índias exóticas.
Mas os justos, os fracos e os oprimidos puderam contar com a amizade, com a solidariedade, com a onipresença e imparcialidade de Tex Willer, o anjo justiceiro que percorria montanhas, vales e pradarias para aplicar a lei e fazer justiça.
Tex é sinônimo de justiça, de amizade, de capacidade, de destemor, de infalibilidade, de solidariedade, de segurança. Para o homem do Oeste, ouvir o nome de Tex Willer tinha dois significados opostos: “Graças a Deus! É o fim dos meus problemas!”, para os bons; e “Maldição! Aquele maldito cruzou o meu caminho! Tenho que acabar com ele a todo custo ou não terei paz!”, para os maus.
E foi assim que, por onde Tex passou, aplicou a lei com rigor, os maus pagaram por seus crimes com a prisão, com a forca, com a morte pelos seus tiros. Tex não fazia distinção de raça, credo ou classe social ao aplicar a lei e não aceitava suborno. Os seus inimigos foram desde os simples bandidos que assaltavam uma diligência, até o coronel do exército, passando por banqueiros, juízes, comerciantes, grandes empresários, ministros, índios, negros, brancos, mulheres e estrangeiros.
A fama de Tex percorreu toda a América porque nunca deixou um único caso sem solução e nunca nenhum bandido escapou. E também porque sempre agiu corretamente, sempre solidário e amigo, resolvendo os problemas dos oprimidos, admoestados, humilhados e fracos.
E assim, faremos uma rápida apresentação do personagem Tex. Um desavisado poderá imaginar que ele existiu de verdade – e na verdade existiram muitos homens aos quais as palavras acima se encaixam. Mas falaremos de um personagem das histórias em quadrinhos, desde sua criação até os nossos dias.
Tex na Itália
A primeira edição do cowboy Tex chegou às bancas italianas no dia 30 de setembro de 1948 e rapidamente se tornou uma mania nacional, um vício, uma lenda.
Tex é referência no mundo dos quadrinhos. A sua longevidade um tanto quanto retilínea, representada por edições bem trabalhadas, passando confiança e divertimento para o seu público, tem garantido a sua permanência no pódio das grandes HQs. Some-se a isso a imutável boa índole, a grande solidariedade, os ideais de justiça e a grande cadeia de amigos para compreender tudo isso sem fazer muito esforço.
O formato da revista criada por Gian Luigi Bonelli nos textos e Aurelio Galleppini nos desenhos era o mesmo de um talão de cheques, contendo 32 páginas de três desenhos cada, em episódios conclusivos e continuados, podendo ter ou não ligação entre si, de periodicidade semanal. As revistinhas formavam séries, que iam recebendo nomenclaturas do oeste.
Tex foi apresentado como um cavaleiro solitário que fazia justiça com as próprias mãos e por isso era taxado de fora-da-lei, mas logo entrou para a corporação dos Rangers do Texas e tornou-se um temido defensor da lei e da ordem. Conheceu Kit Carson, um Ranger competente e amigo, com quem travou uma amizade firme que se prolongou por toda a sua vida. Carson é o seu fiel escudeiro na maioria das centenas de aventuras que já foram publicadas.
Já na primeira aventura como Ranger, Tex contracena com os índios Navajos e acaba casando com a filha do chefe, Lilith, que queria a paz com os brancos. E pouco depois ganha o apelido de Águia da Noite, que o acompanhará por toda a vida. Dali a pouco morre a esposa de Tex, deixando-lhe um filho, Kit Willer, que também se tornará um parceiro. Conhece também o índio Jack Tigre, fechando o time de justiceiros que cobre o território selvagem. Tex age sozinho, com um dos amigos ou com todos ao mesmo tempo, dependendo do caso. O filho e o índio são mais fogo de cobertura.
Com essa receita, Tex fez um grande sucesso entre os italianos, deprimidos pela derrota pós-guerra, e pela falta de trabalho. Era hora de recomeçar, e a força e a coragem do personagem ajudou com sua mensagem positiva, otimista e leal. Com aventuras intituladas ‘O Totem Misterioso’, ‘A Mão Vermelha’, ‘Um Contra Vinte’, ‘Fora-da-Lei’, ‘A Quadrilha dos Dalton’, entre outras, foi sendo escrito o nome do maior cowboy dos quadrinhos de todos os tempos.
Nessa incrível saga, Águia da Noite, como foi denominado pelos Navajos e é conhecido pelos índios, ganhou notáveis amigos e grandes inimigos. O autor encontrou aí mais uma forma de prestígio para o seu personagem, envolvendo-o com pessoas normais, de forte caráter e postos importantes.
Assim, fomos apresentados a pessoas formidáveis como Pat Mac Ryan, Jim Brandon, Gros-Jean, Tom Devlin, Cochise, Nat Mac Kennety, Montales, General Davis e muitos outros. Do outro lado, passamos momentos difíceis ao lado do nosso herói devido às ações de antagonistas do calibre de Mefisto, Jack Thunder, O Mestre, Tigre Negro, Ruby Scott, Yama, O Dragão, Macredy, James Parker, Cruzado, Cobra e Coronel Oliveira.
Em outubro de 1958, a revista no formato talão de cheques passou ao formato atual, medindo 21 x 16 cm, trazendo a aventura “A Mão Vermelha”. Na verdade, as aventuras curtas foram reunidas em revistas com 114 páginas, até serem exauridas e depois se continuou com aventuras inéditas nesse formato até hoje, mês-a-mês, nas bancas italianas, atualmente ultrapassando os 570 números.
Quando Tex foi criado, a editora familiar dos Bonelli se chamava Audace, administrada pela esposa do escritor, Tea Bonelli. Mais tarde, mudou o nome para Sergio Bonelli Editore, o filho do escritor. Tornou-se a maior editora de quadrinhos de aventura do mundo e ainda continua firme, 60 anos depois de sua fundação.
As aventuras texianas foram escritas por G. L. Bonelli – criador de vários personagens, durante várias décadas. Depois ele foi substituído por Claudio Nizzi. Sergio Bonelli escreveu algumas aventuras. Mauro Boselli está substituindo Nizzi atualmente. Decio Canzio, Michele Medda, Giancarlo Berardi, Antonio Segura e Pascoali Ruju foram outros que escreveram as aventuras do ranger.
Os desenhos iniciais foram de Galep (apelido de Aurelio Galleppini), mas como desenhar leva mais tempo do que escrever, ele precisou de ajudantes como Zamperoni, Uggeri, Jeva, Gamba e Muzzi para fazerem a arte-final ou até desenhar alguma aventura, como chegou a ocorrer. Mais tarde, a partir de 1975, aumentando o tamanho das histórias, a editora contratou novos colaboradores para dar conta das aventuras mensais.
Assim vieram Letteri, Nicolò, Ticci e Fusco. Noutra leva de desenhistas chegaram Marcello, Capitanio, Civitelli, Villa, Della Monica, De La Fuente, Venturi, Jesus Blasco, José Ortiz, Giolliti e Monti. A equipe foi renovada novamente com Font, Repetto, Brindisi, Irmãos Cestaro, Diso, Andreucci; e a equipe acabou de ser reforçada com vários outros nomes, que estão estreando neste grande ano de comemorações.
Na Itália, Tex Gigante, como é conhecida a edição principal, vende na casa dos 300 mil exemplares/mês – já vendeu 1 milhão de cópias nos bons tempos. Lá existem algumas republicações para alcançar várias gerações, com os seguintes nomes e últimos números em banca (levando-se em conta o mês de julho de 2008): Tex Nuova Ristampa (#211 - Tex Coleção), Tex Tre Stelle (#533) e Tutto Tex (#447 - republicações), Almanacco del West (anual - Almanaque Tex), Maxxi Tex (Tex Anual), Tex Speciale (#22 - Tex Gigante) e a novíssima Tex a Colori (#50 - reedição da coleção tamanho gigante, colorida, com capas novas e papel de mais qualidade, com 250 páginas).
Além da Sergio Bonelli Editore, localizada próximo do centro de Milão, na região norte da Itália, Tex surge para os leitores através das publicações da Mondadori, editora que edita dois volumes anuais: um com histórias completas (reedição) no tamanho normal em preto e branco; e outro com republicações de histórias completas, coloridas, gigantes e com capa dura.
Quando o assunto são livros, fanzines e produtos da marca Tex, o personagem assume uma proporção gigantesca. Nestes 60 anos, foram editados mais de 120 livros sobre o personagem, dezenas de fanzines e diversos produtos como quebra-cabeças, botons, roupas, cadernos, jogos, desenhos, um filme, selos, bonecos, entre outros. Existem ainda músicas para o Tex e algumas aventuras foram adaptadas para o rádio. Ocorrem dezenas de amostras e exposições pela Itália, além de vários encontros de colecionadores. Em 1996, foi editado um livro (Tutto di Tex), que na verdade é um catálogo do Tex.
Por fim, Tex invadiu a internet através de diversos sites, hospedeiros de vídeos e de fotos, chats, blogs e e-mails individuais. O personagem atinge uma grande massa de insólitos colecionadores, ávidos por novas aventuras, formada por uma maioria de adultos na faixa que vai dos 30 aos 60 anos.
Tex encontra-se em momento de transição, que sempre ocorre quando um escritor está prestes a deixar o comando e outro vem se preparando para assumir. É inegável que o filão de aventuras vai se esgotando, principalmente no fenômeno faroeste, que teve início, meio e fim, e pouco a pouco vai se perdendo no passado. Mas a geração que se iniciou com as aventuras do Ranger mais famoso do oeste e que é responsável pelo seu sucesso, sabe bem da sua responsabilidade e não abandona um amigo. Ainda mais um desse quilate!!!
Tex no Brasil
Tex é um fenômeno no Brasil, país aberto às mais variadas novidades, onde tem um público fiel e perseverante desde o retorno definitivo do personagem no início da década de 70, trazendo alegria, divertimento e proporcionando conhecimento, modo de vida e cultura, além das suas mais trabalhadas qualidades e habilidades.
O Ranger estreou no Brasil nos anos 1950, quando suas aventuras curtas foram publicadas na revista Júnior, em formato talão de cheques, a partir do número 28 até a edição 265, pela RGE (Rio Gráfica Editora). O título era “As Aventuras de Texas Kid” e o personagem foi rebatizado de Texas. Na década de 60 não foi publicado nada do personagem no país, retornando somente nos anos 1970, desta vez em título próprio.
Em fevereiro de 1971, estreava a primeira edição de Tex, através da Editora Vecchi com a aventura “O Signo da Serpente”, publicada originalmente na Itália em 1960, e para chamar atenção para o lançamento, a revista trazia de brinde um índio com arco e flecha.
Do número 1 ao 36, a revista tinha um tamanho maior, mas os desenhos eram do mesmo tamanho dos atuais, ou seja, havia uma grande borda no alto e embaixo, provavelmente devido a não-existência de um papel próprio ou da dificuldade no corte. Mas o problema estético foi resolvido a partir do número 37.
Até o número 39 a revista trouxe aventuras completas e a partir daí, geralmente aventuras em continuação. Ocorreu por parte da editora uma preferência por certas aventuras, com outras sendo escanteadas, de forma que a coleção principal é bem diferente do lançamento original italiano.
Isso acarretou alguns desordenamentos temporais. Por exemplo, no número 1 temos o filho de Tex já rapaz. No número 44 a esposa de Tex morre e no número 94 foi publicada a história com o casamento de Tex. Nas edições originais, esses fatos ocorrem de forma seqüencial. Logicamente que isso gerou polêmicas e curiosidades ao longo dos anos e somente hoje, 37 anos depois, após o lançamento de todas as histórias deixadas para trás, o círculo foi fechado em torno da saga.
O título do Ranger já passou pelas mãos de quatro editoras que, felizmente, honraram os leitores e o personagem, sempre continuando a numeração anterior. A primeira foi a Editora Vecchi, depois a RGE, seguida pela Globo e atualmente a Mythos Editora.
A Vecchi iniciou em 1971 e levou o título até o número 164. Como a revista vendia muito bem e havia muitos pedidos, a editora iniciou uma reedição que foi até o número 94 – editado pela metade devido à falência. Houve um tempo em que as revistas passaram a ser quinzenais, com Tex quatro vezes nas bancas a cada mês. A Vecchi também lançou o especial O Ídolo de Cristal em capa dura e, a cada seis meses, lançava uma aventura especial completa, trazendo até pôsteres como brinde. A editora foi a responsável pela formação da maior parte dos leitores: estima-se que chegaram a 150 mil em todo o país.
Com a saída de cena da Vecchi, Tex foi assumido pela Rio Gráfica Editora em agosto de 1983, que deu continuidade com seriedade, lançando a metade faltante do número 94, um ato de respeito para com os leitores. Mas quem pensou que haveria entusiasmo perene se enganou, pois durante os 3,5 anos que ficou com Tex, paralisou a publicação dos especiais e quase não trouxe novidades, exceto por encerrar a 2ª edição no número 149 e iniciar Tex Coleção, atendendo a pedidos.
Os feitos: lançou 5 edições de Tex Gigante (publicado pela primeira vez em comemoração aos 40 anos do personagem e republicado no aniversário de 50 anos), lançou 6 edições coloridas, um almanaque, um livro com 6 aventuras curtas de personagens bonellianos, e lançou ainda um álbum de figurinhas.
As falhas foram as capas erradas em relação às histórias, repetição de capas, papel amassado, folhas trocadas, código de barras na capa. Foram 12 anos comandando o personagem com a coleção principal, além de Tex Coleção e Tex Edição Histórica.
Em janeiro de 1999, a Mythos Editora assumiu a publicação, e prometeu colocar ordem na casa. Primeiro acertou as capas e depois começou a ousar com novos títulos na praça, percebendo que havia mercado para tal.
Abriu a linha de Tex Gigante, Tex Almanaque, Tex de Férias, Tex Anual, Tex Ouro, Minissérie Tex, Os Grandes Clássicos de Tex, ao mesmo tempo em que deu continuidade às coleções anteriores. Todas as coleções estão em atividade, obedecidas as suas periodicidades e têm público cativo.
A Mythos resolveu aproximar a edição brasileira da italiana e lançou as aventuras deixadas para trás pela Vecchi e Globo dentro das coleções normais. Criou a coleção Tex e os Aventureiros (seis edições) para publicar 6 histórias curtas de Tex e também de outros heróis da Bonelli (Martin Mystère, Dylan Dog, Nick Raider, Mister No, Nathan Never, Zagor, Chico, etc), criadas para publicidade e festivais de HQs na Itália.
Próxima de completar 10 anos publicando Tex, a editora continua firme, tem uma boa relação com seus leitores e assim, Tex vai se constituindo na editora que tratou o personagem com mais responsabilidade, dedicação e competência. Esperemos que continue firme nesse propósito, pois os leitores continuarão fiéis e cada vez mais exigentes.
A partir de 2000, Tex chegou na internet pra valer. Isso representou um ótimo impulso para a manutenção dos leitores, permitindo um contato mais próximo com os editores de Tex tanto na Itália quanto no Brasil, mantendo-os informados praticamente em tempo real sobre tudo que gira em torno do personagem. De fato, nunca houve tanto intercâmbio de informações. Um fato que acontece na editora italiana, por exemplo, é quase que instantaneamente repassado aos leitores na mesma hora. Além disso, a internet permitiu a aproximação entre leitores, roteiristas e desenhistas, que se expõem através de entrevistas e chats.
Esse desenvolvimento informativo tem sido importante para a formação de novos leitores, capturados na grande rede através do trabalho de alguns bravos colecionadores, que criaram sites e grupos de discussões visando aglutinar os leitores e trocar idéias, dar sugestões e prever as tendências, bem como cobrar resultados. Podemos perceber alguns avanços através das participações de muitos internautas nos sites, nos blogs e em comunidades no orkut, formadas geralmente por pessoas diferentes, isto é, públicos diferentes e de várias idades, provando que Tex continua bem visto e aceito, e que o trabalho de divulgação dos próprios colecionadores é um serviço de grande valor.
Para popularizar cada vez mais o personagem, alguns fãs vêm promovendo encontros e exposições, que atraem colecionadores e a mídia ligada à cultura. Já foram realizadas 5 exposições no Nordeste – quatro só em João Pessoa (Paraíba), e uma em Tabira (Pernambuco), além de encontros freqüentes em Santa Maria (Rio Grande do Sul), conhecido reduto texiano.
Ao completar 60 anos no cenário mundial, uma longevidade tão bonita e tão segura, Tex é a prova cabal de organização, serviço, obstinação, controle e vendas, sobrepondo-se a muitos personagens de HQs mais famosos e que não possuem um currículo tão rico, tão positivo e tão seguro.
Tex sobreviveu ao tempo que praticamente enterrou o faroeste, escapou das barbáries dos planos econômicos, venceu os intelectuais que diziam que gibi é coisa de vagabundo e que um pistoleiro não fazia bem às crianças e adolescentes. Desmentiu os pessimistas que divagaram aos quatro ventos o fim das HQs com o advento da internet e por fim foi competente para manter ao seu lado o incrível batalhão de fãs e colecionadores, seus amigos de toda hora.
PARABÉNS ÁGUIA DA NOITE !!!
Jack Tigre
Jack Tigre é um personagem fictício de banda desenhada (quadrinhos), criado pela dupla Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini, criadores de Tex.
Jack Tigre é um índio navajo de poucas palavras e é o pard mais sério de Tex. No decorrer das aventuras, é comum vê-lo se expressar com seu monossilábico "ugh", o qual assume os mais diversos significados, dependendo do contexto.
Irmão de sangue de Tex e representado nos quadrinhos com cerca de 40 anos, com olhos e cabelos negros, Jack Tigre é também um exímio explorador, capaz de descobrir a pista mais remota, deixada por quem quer que seja. Grande caçador e profundo conhecedor das tradições de seu povo, foi Tigre (como é também conhecido) o instrutor do filho de Tex, Kit Willer, ensinando a este com maestria o uso do arco e flecha, as primeiras lições no uso do colt e todos os truques utilizados pelos índios na hora do perigo.
Um índio que "fala pouco, mas age muito". Assim Tex o definiu em sua primeira aparição, na épica história "A Quadrilha dos Dalton" (TXC-015). Esperto, rápido e certeiro com o arco e flecha, Tigre manuseia com maestria seu Winchester e também sabe todos os truques dos índios, recorrendo a eles nas ocasiões mais inusitadas, quer seja para derrotar um facínora ou mesmo para salvar os companheiros da sombra da morte.
Nas primeiras aventuras que Jack Tigre acompanha Tex, seguidamente o vemos sentado num canto do quarto do hotel fumando um longo cachimbo indígena, enquanto que o ranger conversa com alguém ou fuma um cigarro (veja TXC-019, pg.82).
Companheiro fiel de verdade, o silencioso Tigre esteve sempre presente nos momentos difíceis da vida de Tex, como naquele em que os assassinos de Arkansas Joe seqüestraram Kit Willer, ainda um menino de cerca de 7 anos, e o levaram para o Canadá (TXC-019); ou no momento em que o ranger soube da morte de sua doce e adorada Lírio Branco e deflagrou o juramento de vingança (TEX-043, TEX-044 e TEX-045).
Ao contrário do que muitos pensam, Jack Tigre e Tex não se conheceram na reserva navajo e sim em Santa Fé, pouco tempo depois do pacto de sangue de Tex com Lilyth, numa aventura trágica em que Tigre perdeu o grande amor de sua vida, uma jovem squaw navajo de nome Taniah, revelações que vieram à tona na história Orgulho Navajo (TEX-294, TEX-295, TEX-296 e TEX-297). Para quem não sabe, foi a partir desse momento que o Tigre alegre, sonhador e brincalhão deu espaço ao homem reservado, sério e contemplativo que conhecemos hoje.
Tem uma cena em TEX-088 (página 176, primeiro quadrinho, primeira edição) na qual os leitores brasileiros e portugueses têm a impressão de ver um pontinho preto na camisa de Tigre, de tal forma que poderia ser aquele pontinho uma pataca de ranger. Este descuido ocorreu também na edição italiana original, primeira edição de TEX-047, na qual Tigre aparece de fato com a estrela de ranger ao peito. Mas isso foi corrigido (desenho alterado) nas reedições italianas seguintes do Tex italiano, já que efetivamente foi um descuido dos autores, porque Jack Tigre nunca foi um ranger. Na segunda edição de TEX-088, edição nacional, o erro já foi consertado e Tigre já aparece sem o pontinho preto no peito.
Por conta deste erro, o Editor de TEX brasileiro afirmou tempos depois no Seção de Cartas de TEX-265 que Jack Tigre é um ranger (na resposta ao leitor Airton Geraldo Coelho Santiago, de Cantagalo de Peçanha / MG), mas fontes da Sergio Bonelli Editore confirmam que na verdade o índio navajo não é e nem nunca foi um ranger.
Tigre não participa de todas as aventuras de Tex, mas isto porque, junto com Kit Willer, ajuda a coordenar os destinos da reserva navajo quando Tex e Carson estão fora da reserva.
Kit Carson
juventude
Nascido em Madison, Kentucky de uma família de origem irlandesa, Kit transfere-se já em 1811 para Missouri, ainda um território semi-selvagem. Em agosto de 1826, cansado do trabalho de aprendiz de seleiro, foge para agregar-se a uma caravana, indo direto para o Novo México.
[editar] Guia
Entre 1832 e 1842, Kit Carson viajou na vastíssima zona das Montanhas Rochosas, entre Idaho, Colorado, Utah e Wyoming, partilhando a vida precária de trappers, já então lendários, e se casa uma vez com uma mulher índia, Waa-nibe. Em 1842/43 guia como scout duas expedições de John Charles Frémont através de vários territórios inexplorados: o objetivo oficial é o estudo do South Pass e a medição da altura das Montanhas Rochosas, um trabalho que levará depois à confecção do primeiro grande mapa do Oeste.
Em seguida, Kit Carson casa-se com Josefa Jaramillo e logo constrói uma fazenda nos arredores de Taos. Mas depois vende tudo, e acompanha Frémont na sua terceira expedição. De 1846 a 1848, vira combatente na guerra dos Estados Unidos contra o México na Califórnia. Kit Carson foi, entre outras coisas, usado como mensageiro a Washington e levou também a notícia da descoberta de ouro na Califórnia.
Até 1853 realiza várias outras missões como scout; em 1854 é nomeado agente indígena, guia diversas expedições militares e encontra tempo para ditar as suas memórias: sua autobiografia é um verdadeiro e próprio inventário de todos os tipos western - escrita de uma vez, não tendo em vista uma publicação (foi impressa somente em 1926), é surpreendentemente autêntica.
Vejam a reconstrução feita pelo livro "Il grande cielo dei cacciatori dei castori": "Retornado a Taos, Kit logo foi nomeado Comissário governamental para as tribos Ute e Jicarilla Apache, cargo que ocupou até a explosão da Guerra Civil em 1861. Após a sua primeira participação, ficou claro que Kit Carson pretendia defender não somente os brancos dos índios, mas, sobretudo os índios dos brancos. Como resultado, por todo o período no qual Kit Carson foi Comissário governamental, nem os Utes, nem os Jicarillas jamais marcharam sobre a trilha de guerra". Se para os Cheyennes, Kit Carson era o Pequeno Chefe, "para os Utes não foi outro senão Pai Kit".
[editar] Carreira militar
Em 1861 se demite do cargo e torna-se coronel de um regimento de voluntários do Novo México: toma parte em várias campanhas contra os índios, como aquela, entre 1863 e 1864, contra os Navajos, índios que foram os seus mais difíceis inimigos, e, invés de comportar-se como o leal herói das nossas histórias em quadrinhos, os constringe à rendição, destruindo as suas reservas invernais de alimento e expondo assim guerreiros, mulheres e crianças a uma morte horrível. Carson os deportou depois para um campo de concentração no Novo México, de onde os Navajos poderiam voltar ao Arizona após cinco anos de prisão e somente para estarem confinados em uma reserva.
Carson torna-se general e dá baixa em 1867. No ano seguinte é superintendente para os negócios indígenas no Colorado. Morre em 23 de maio de 1868.
[editar] Curiosidades
* Em sua homenagem, Buffalo Bill deu o nome de Kit Carson a um de seus filhos, que depois viria a falecer ainda na infância (conforme mostrado no filme Buffalo Bill de 1944, com Joel McCrea)
A História do Águia da Noite
Foi no dia 30 de setembro de 1948 que surgiu a primeira história de Tex. Chamava-se 'Il Totem Misterioso". Com o balão "Por todos os diabos, será que ainda estão nas minhas costas?", começava a saga de um dos mais famosos cowboys dos quadrinhos. De 1948 a 1967 foram 36 histórias no formato de tiras semanais. No começo, Tex cavalgava sozinho, seu cavalo Dinamite nem tinha nome e ele era fora-da-lei.
Tex foi criado pela dupla Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini. No começo, as histórias eram publicadas no formato de tiras com no máximo 3 quadrinhos. Cada semana saía um gibi com 32 páginas (32 tiras) e uma aventura levava várias semanas para chegar ao fim, levando os leitores a comprar as próximas edições. Essa estratégia culminou num sucesso incrível na Itália. Inicialmente apenas mais um personagem entre tantos outros que apareciam naquela época, o ranger fez tanto sucesso que se decidiu pela publicação de uma revista. As tiras foram todas compiladas, sendo que em cada página da revista havia no máximo 3 tiras, como hoje.
Apesar de o público em geral poder considerar as histórias pouco apelativas devido ao fato do seu grafismo a preto e branco, os admiradores das aventuras de Tex salientam a riqueza de informações, referências e verosimilhança histórica.
Além de muita ação em todas histórias, com chumbo grosso voando por todos lados, o que torna a leitura interessante é o conhecimento que as histórias trazem. Você fica por dentro da cultura dos índios, da vida dos pioneiros, de episódios marcantes e reais na história dos Estados Unidos da América, dos hábitos da época... Detalhes mínimos foram pesquisados antes de tornarem-se texto e desenhos, para que o leitor tivesse a noção exata do ambiente em que se passavam as aventuras. Tex pretendia aliar cultura e diversão e isso pode justificar o seu sucesso em muitos países do mundo.